Por Rodolfo Varela
Vivemos um tempo em que a inteligência artificial deixou de ser um tema de ficção científica e passou a fazer parte do dia a dia de profissionais de comunicação, marketing e negócios. Como alguém que atua há décadas nessa área, posso afirmar: a IA traz resultados concretos – desde que usada com inteligência, ética e sensibilidade humana.
Ferramenta poderosa, mas não substituta do pensamento humano
Tenho visto, com entusiasmo e atenção, o impacto da IA na nossa rotina profissional. Ela ajuda a analisar dados, otimizar campanhas, automatizar tarefas repetitivas e até prever tendências. Mas o que ela não faz – e nem deve tentar fazer – é pensar por nós.
A criatividade, o bom senso, o olhar humano sobre o contexto social e cultural, continuam sendo fundamentais. E é exatamente aí que a IA se mostra uma aliada estratégica: ela nos dá velocidade e eficiência, mas somos nós que damos sentido ao que é produzido.
Comunicação autêntica: mais essencial do que nunca
Vejo um risco claro no uso indiscriminado da IA: a padronização da linguagem e a perda de identidade das marcas. Quando todos usam as mesmas ferramentas sem propósito, tudo começa a soar igual. E nesse cenário, quem se comunica de forma autêntica, com valores claros e voz própria, se destaca ainda mais.
A IA pode nos ajudar a refinar a comunicação, mas a alma da mensagem precisa vir da gente – de quem conhece o público, entende o contexto e sabe que comunicação é, acima de tudo, relacionamento.
Resultados reais vêm com responsabilidade
Trabalhar com IA exige mais do que conhecimento técnico. É preciso responsabilidade e visão ética. Temos que estar atentos à privacidade dos dados, ao uso transparente da tecnologia e aos riscos de desinformação.
Como publicitário, defendo o uso da IA como uma extensão da nossa capacidade estratégica – e nunca como um atalho irresponsável. Tecnologia com propósito gera confiança, e confiança é o ativo mais valioso de qualquer marca.
IA é uma aliada para quem sabe usá-la com inteligência e humanidade
A inteligência artificial não veio substituir ninguém. Veio para amplificar nosso potencial, agilizar processos e nos dar mais tempo para fazer o que mais importa: pensar, criar, conectar.
Sejamos, então, profissionais que lideram essa nova era com consciência, usando a IA como apoio – mas sempre com a inteligência emocional, o olhar crítico e a autenticidade que só os humanos têm.