Páginas

2024/05/02

DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA

 

Resumo da situação dos direitos humanos na América e das mudanças que ocorreram na região ao longo de 2023.



DERECHOS HUMANOS EN AMÉRICA LATINA



O espaço cívico continuou a diminuir em toda a região das Américas, comprometendo os avanços em matéria de direitos humanos obtidos nas décadas anteriores. As pessoas que praticavam o jornalismo e as que defendiam os direitos humanos, especialmente as que trabalham pela justiça climática e as que lutam para proteger as suas terras e o ambiente, foram sujeitas a assédio, criminalização, agressões e homicídios, pelo que a região continuou a ser uma das mais perigoso no mundo para essas atividades. A maioria dos países americanos carecia de sistemas sólidos para proteger os defensores dos direitos humanos.


As forças de segurança responderam com força ilegítima às manifestações pacíficas. As autoridades continuaram a violar o direito à vida, à liberdade, a um julgamento justo e à integridade física, e a detenção arbitrária foi generalizada.


A violência baseada no género continuou generalizada em toda a região, e as autoridades não conseguiram combater a impunidade destes crimes nem proteger as mulheres, as raparigas e outros grupos populacionais em risco de discriminação e violência. Os progressos alcançados nos anos anteriores na expansão do acesso ao aborto seguro sofreram um revés notável em toda a região, mesmo em países onde este procedimento tinha sido descriminalizado. As pessoas LGBTI continuaram a enfrentar perseguições generalizadas e a enfrentar obstáculos na obtenção de reconhecimento legal. Os povos indígenas continuaram a ser desproporcionalmente afectados pelas violações dos direitos humanos e enfrentaram discriminação. Em alguns países, foi negado o direito dos povos indígenas ao consentimento livre, prévio e informado, especialmente em relação a projetos de grande escala.


As devastadoras crises políticas, humanitárias e económicas em que toda a região das Américas estava mergulhada causaram um aumento acentuado no número de pessoas que abandonam os seus países de origem em busca de segurança. Em vários países, as autoridades não conseguiram respeitar ou proteger os direitos dos refugiados e migrantes, cujo afluxo crescente foi cada vez mais gerido através do uso da força militar. A impunidade pelas violações dos direitos humanos e pelos crimes ao abrigo do direito internacional continuou generalizada e muitos países continuaram a escapar ao escrutínio internacional.


Brasil, Canadá y Estados Unidos figuraban entre los principales emisores de gases de efecto invernadero a nivel mundial. La expansión de la extracción y la producción de combustibles fósiles en la región suponía una amenaza para las metas climáticas globales. Los gobiernos no se comprometieron a eliminar de forma gradual, rápida y equitativa el uso y la producción de todos los combustibles fósiles, ni las subvenciones a estos productos.


Sin embargo, no todo fue negativo. Pese al panorama sombrío, los defensores y defensoras de los derechos humanos y otros actores que alzaban la voz en favor de la protección de esos derechos en toda la región de las Américas seguían luchando —en un clima de creciente adversidad— para lograr cambios estructurales, con vistas a crear una región más justa e igualitaria para todas las personas.


Liberdade de expressão, associação e reunião pacífica


O espaço cívico continuou a diminuir a um ritmo alarmante em toda a região. Em países como El Salvador, Nicarágua e Venezuela, onde o direito à liberdade de expressão já estava ameaçado, os governos impuseram mais medidas legais e institucionais contra grupos da sociedade civil para tentar silenciar as críticas. Entre agosto de 2022 e setembro de 2023, a Nicarágua revogou o estatuto jurídico de mais de 2.000 ONG, elevando o número total de ONG encerradas desde 2018 para 3.394. Em agosto, a Universidade Centro-Americana da Nicarágua foi fechada, acusada de ser um “centro de terrorismo”, e os bens de organizações como a Cruz Vermelha foram confiscados. Em Cuba, foi aprovada em Maio uma nova lei que dá ao governo o poder de ordenar aos operadores de telecomunicações que deixem de prestar os seus serviços a quem publica informação considerada prejudicial à ordem pública ou à moralidade.




O ano de 2023 assistiu a um aumento dos protestos em El Salvador, à medida que a situação do país continuava a deteriorar-se sob o estado de emergência imposto em março de 2022. A resposta obstrucionista das autoridades a estas expressões legítimas de descontentamento social – que incluíam estigmatização, ameaças, vigilância excessiva daqueles a organização de protestos e as pessoas que neles participam, e as restrições à liberdade de circulação – violaram os direitos à liberdade de expressão e de reunião pacífica.


Em países como Argentina, Brasil, Bolívia, Cuba, El Salvador, Haiti, Paraguai, Peru, Porto Rico e Venezuela, as autoridades responderam aos protestos públicos com medidas repressivas. Na Bolívia, a Ouvidoria relatou vários casos de uso excessivo da força pela polícia em resposta a uma série de protestos ocorridos em janeiro, após a prisão do governador de Santa Cruz.


Na Argentina, Canadá, Cuba, Estados Unidos, México e Porto Rico, o governo apresentou acusações criminais contra pessoas que se manifestaram pacificamente. No Chile, foi aprovada legislação que diluiu as obrigações legais relativas ao uso da força. Projetos de lei que restringem o direito de protestar foram apresentados em 16 estados dos EUA; No estado da Carolina do Norte, foram aumentadas as penas aplicáveis ​​a crimes de “motim” e protestos já classificados que ocorreram perto de oleodutos.


A região das Américas continuou a ser um lugar perigoso para quem praticava o jornalismo. Na Argentina, Colômbia, Cuba, El Salvador, México, Paraguai, República Dominicana e Venezuela, os profissionais da comunicação social foram sujeitos a ameaças, assédio, homicídio e vigilância ilegítima. Na República Dominicana, foi demonstrado com provas que a proeminente jornalista especializada em corrupção e impunidade Nuria Piera foi atacada em 2020 e 2021 com o programa de espionagem Pegasus do Grupo NSO, que permitiu acesso total e irrestrito aos dispositivos; As autoridades negaram ter participado na vigilância. No México, pelo menos cinco jornalistas foram assassinados por motivos possivelmente relacionados ao seu trabalho, segundo a organização ARTIGO 19.


Os Estados devem revogar as leis e abolir as práticas que impedem o exercício dos direitos à liberdade de expressão, associação e reunião pacífica. Devem adotar medidas adicionais para proteger eficazmente o direito das pessoas de expressarem as suas opiniões e para salvaguardar o trabalho daqueles que praticam o jornalismo.


Defensores dos direitos humanos


A América continuou a ser uma das regiões mais perigosas do mundo para os defensores dos direitos humanos. Os riscos eram maiores para aqueles que se dedicavam à defesa da terra e do meio ambiente em países como Bolívia, Brasil, Canadá, Colômbia, Equador, El Salvador, Honduras e México. 


As mulheres e os defensores dos direitos dos indígenas e dos negros continuaram a correr um risco particular. Governos e atores não estatais utilizaram diversas ferramentas – como assédio, estigmatização, criminalização e homicídio – para impedir que ativistas de direitos humanos realizassem o seu trabalho legítimo e necessário em países como Brasil, Canadá, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Peru e Venezuela. No Brasil, a Justiça Global observou que, em média, 3 defensores perderam a vida violentamente a cada mês nos 4 anos anteriores. Honduras teve – em relação à sua população – o maior número de defensores dos direitos humanos assassinados no mundo, segundo dados da Global Witness. 


Em julho, um membro da comunidade hondurenha de Guapinol foi morto a tiros em plena luz do dia, seis meses depois de dois de seus parentes também terem sido assassinados. Eles faziam campanha contra uma empresa mineira para proteger o rio do qual dependia a sua subsistência. No final do ano, os homicídios permaneciam impunes.


Embora a maioria dos países das Américas não possuísse sistemas sólidos de proteção para os defensores dos direitos humanos, a Colômbia mostrou alguns sinais de melhoria: o Ministério do Interior anunciou o fortalecimento do programa de proteção coletiva para os defensores dos direitos humanos, membros humanos de organizações e comunidades populares, especificamente destinado a aqueles que defenderam a terra e o território.


Os Estados devem garantir que os defensores dos direitos humanos possam realizar as suas atividades com segurança, desenvolvendo programas de proteção eficazes ou melhorando os existentes, bem como garantir que as pessoas suspeitas de atacarem os ativistas sejam levadas a tribunal.


Prisões arbitrárias e julgamentos injustos


A detenção arbitrária continuou generalizada na região. As autoridades continuaram a violar o direito à liberdade, a um julgamento justo e à integridade física em países como Cuba, El Salvador, Nicarágua e Venezuela. Nos Estados Unidos, muitas detenções tiveram um tom de discriminação.


Em El Salvador, foram registadas mais de 73 mil detenções arbitrárias desde a declaração do estado de emergência em março de 2022. A maioria dos detidos foi acusada de “grupos ilícitos”, um crime relacionado com a atividade de gangues e a adesão a eles. Tais detenções violaram garantias processuais devido à ausência de ordens judiciais e à ocultação da identidade dos juízes que processam os casos.


Em países como El Salvador, México, Nicarágua e Venezuela, os detidos sofreram frequentemente tortura ou outros maus-tratos e, por vezes, desaparecimento forçado. Na Venezuela, organizações da sociedade civil relataram que foram realizadas aproximadamente 15.700 detenções arbitrárias entre 2014 e 2023, e que cerca de 280 pessoas permaneceram detidas por razões políticas. O ativista, estudante e músico John Álvarez foi preso em 30 de agosto e mantido incomunicável por mais de 24 horas. Ele foi torturado e obrigado a incriminar um dirigente sindical e um jornalista em um vídeo gravado por policiais. Ele foi solto em dezembro.


O direito a um julgamento justo não foi respeitado em muitos países, como a Bolívia, Cuba, El Salvador, os Estados Unidos, a Nicarágua e a Venezuela. Um total de 30 homens muçulmanos estavam detidos de forma arbitrária e indefinida no centro de detenção da base naval dos EUA na Baía de Guantánamo, Cuba, em violação do direito internacional. As audiências continuaram a ser-lhes negadas, apesar de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos ter decidido em 2008 que tinham direito a habeas corpus.


As autoridades devem garantir o direito a um julgamento justo e abster-se de utilizar indevidamente o sistema judicial. Os Estados devem tornar efetivo o direito de obter reparação para aqueles que sofreram detenções arbitrárias.


Uso excessivo e desnecessário da força 


O uso excessivo e desnecessário da força – incluindo meios letais – pelas agências de aplicação da lei esteve presente em toda a região, especialmente na Argentina, Brasil, Canadá, Cuba, Estados Unidos, Honduras, México, Peru, Porto Rico e República Dominicana. Em muitos casos, a força foi utilizada de forma desproporcional e com um preconceito racista. No Brasil, pelo menos 394 pessoas foram mortas violentamente em operações policiais ocorridas entre julho e setembro nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto o governo ainda não tomou medidas para reduzir a violência policial, incluindo o uso de câmeras corporais. Nos Estados Unidos, pelo menos 1.153 pessoas perderam a vida nas mãos da polícia em 2023, segundo relatos da mídia. No Peru, o Estado respondeu aos protestos a nível nacional com força letal e utilização excessiva de meios menos letais, e aplicou preconceitos racistas especialmente contra membros dos povos indígenas. Os protestos resultaram na morte de 49 civis e um policial, e centenas de feridos, em menos de 2 meses. Pelo menos 20 destes casos poderiam ser considerados execuções extrajudiciais.


A reforma policial avançou com resultados mistos no Chile e na Colômbia. As autoridades colombianas aprovaram diversas iniciativas regulamentares para modificar a estrutura e o funcionamento de alguns aspectos da polícia, incluindo a implementação de um novo manual sobre o uso da força durante protestos. Uma reforma policial abrangente ainda estava pendente.


A militarização da segurança continuou em vários países, como El Salvador e Honduras, ambos com estado de emergência em vigor. O Equador e o México ampliaram os seus quadros jurídicos para permitir a intervenção das forças armadas em tarefas de segurança pública.


As autoridades devem garantir que a aplicação da lei cumpra as leis e normas internacionais em matéria de direitos humanos, especialmente as que regem o uso da força, e que os alegadamente responsáveis ​​pelas violações dos direitos humanos sejam levados à justiça.


Direitos das mulheres e meninas 


A violência arraigada baseada no género, incluindo o feminicídio e o feminicídio, continuou a ser a norma em toda a região, e as autoridades falharam consistentemente na abordagem da impunidade para estes crimes. No México, a Secretaria Executiva do Sistema Nacional de Segurança Pública indicou que, em média, nove mulheres foram assassinadas todos os dias e a maioria dos casos não foi resolvida de forma eficaz. 


No Canadá, a ONU relatou um aumento no número de mulheres e meninas indígenas desaparecidas ou assassinadas, bem como altas taxas de exploração sexual e agressão a mulheres, meninas e pessoas com dois espíritos, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer. A identidade dos grupos indígenas de género, intersexo, assexuados e outros grupos sexuais e de género (2SLGBTQQIA+) que viviam nas proximidades dos locais de construção do gasoduto está a ser questionada.


O acesso aos direitos sexuais e reprodutivos continuou a ser extremamente difícil em toda a região, mesmo em países como a Argentina, onde o aborto foi legalizado em 2020, e a Colômbia, onde foi descriminalizado em 2022. Em El Salvador, a proibição permaneceu em vigor. aborto e pelo menos 21 mulheres enfrentavam processos judiciais por acusações relacionadas com emergências obstétricas. O Chile não avançou na adoção do quadro jurídico necessário para descriminalizar completamente o aborto e garantir a igualdade de acesso sem barreiras aos serviços de aborto seguro. No Brasil, o aborto continuou a ser crime e o Ministério da Saúde informou que, até julho, pelo menos 19 pessoas morreram devido a abortos inseguros; Em setembro, o Supremo Tribunal Federal começou a apreciar um recurso que pedia a descriminalização do aborto nas primeiras 12 semanas de gravidez, mas a votação foi suspensa.


Em alguns países, o acesso ao aborto caiu ainda mais. Após a decisão adotada em 2022 pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos que pôs fim às medidas federais para proteger o direito ao aborto, 15 estados do país proibiram o aborto completamente ou com exceções extremamente limitadas; As medidas continuaram a afectar desproporcionalmente os negros e outros grupos racializados.


Ainda assim, houve algum progresso. Nas Honduras, o aborto ainda era proibido, mas o governo pôs fim a uma proibição de 14 anos sobre o uso e venda da pílula anticoncepcional de emergência. No México, o Supremo Tribunal de Justiça da Nação declarou inconstitucional a criminalização do aborto, bem como a suspensão do pessoal médico de exercer a sua profissão por realizar um aborto ou prestar ajuda para a sua realização.


As autoridades devem acabar com a impunidade para crimes violentos contra mulheres e meninas. Devem também garantir o acesso ao aborto seguro e a outros direitos sexuais e reprodutivos, incluindo uma educação sexual abrangente.


Direitos de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI) 


Las personas LGBTI seguían siendo objeto de actos generalizados de hostigamiento, discriminación, amenazas, ataques violentos y homicidio, y encontrando obstáculos para obtener reconocimiento legal en países como Argentina, Brasil, Canadá, Colombia, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Paraguay, Perú y Porto Rico. A impunidade era a norma na maioria dos casos.


Na Guatemala, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo continuou ilegal, o Observatório Nacional dos Direitos Humanos LGBTIQ+ informou que pelo menos 34 pessoas foram assassinadas devido à sua orientação sexual ou identidade de género durante o ano. Pelo décimo quarto ano consecutivo, o Brasil teve o maior número de homicídios de pessoas trans de qualquer país do mundo. No Peru, e apesar dos numerosos relatos de atos de violência e homicídios contra pessoas LGBTI, ainda não havia registo oficial de crimes de ódio. No Paraguai, o sistema de justiça rejeitou 5 ações movidas por pessoas trans que exigiam o reconhecimento legal de seus nomes de acordo com sua identidade de gênero. Nos Estados Unidos, a aprovação de legislação estatal anti-LGBTI aumentou dramaticamente; Apenas 54% dos adultos LGBTI americanos viviam em estados que tinham legislação sobre crimes de ódio que abrangia a orientação sexual e a identidade e expressão de género.


Na Argentina, Sofía Inés Fernández, uma mulher trans de 40 anos, foi encontrada morta em abril numa cela de uma delegacia de polícia na cidade de Derqui, na província de Buenos Aires, onde havia sido detida por suposto roubo. A polícia relatada alegou que a mulher havia morrido por suicídio, mas a autópsia preliminar revelou asfixia como a causa da morte.


As autoridades devem reforçar a proteção das pessoas LGBTI, incluindo a investigação eficaz de denúncias de violações dos direitos humanos e a entrega dos responsáveis ​​à justiça.


Direitos dos povos indígenas


Os povos indígenas, historicamente sujeitos à discriminação racial e à marginalização, continuaram a ser desproporcionalmente afectados pelas violações dos direitos humanos. Na Colômbia, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários indicou que 45% de todas as vítimas de deslocamento em 2023 eram pessoas de ascendência africana e 32% eram indígenas. No Brasil, Sônia Guajajara, uma mulher indígena, tornou-se a primeira chefe do Ministério dos Povos Indígenas. O Ministério da Saúde daquele país declarou emergência nacional de saúde pública devido à falta de assistência ao povo Yanomami, afetado pela desnutrição, poluição e violência sexual principalmente devido à presença de atividades de mineração ilegal em seu território na Amazônia.


Em vários países, como Argentina, Canadá, Equador e Venezuela, foi negado o direito ao consentimento livre, prévio e informado, especialmente em relação a grandes projetos de infraestruturas. No Canadá, o Plano de Acção Nacional sobre a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, que o governo publicou em Junho, não incluía mecanismos de responsabilização ou consentimento livre, prévio e informado. Vários defensores da terra de Wet'suwet'en foram julgados em Maio e Outubro por protegerem o seu território contra a construção de um gasoduto. Um deles foi declarado inocente em novembro, enquanto os demais aguardavam decisões e, se considerados culpados, poderiam ser condenados à prisão.


Os problemas relacionados com a posse e propriedade da terra continuaram em muitos países. No Paraguai, a comunidade indígena Tekoha Sauce, do Povo Guaraní Paranaense Avá, ainda aguardava a recuperação de seu território ancestral, ocupado pela hidrelétrica Itaipu Binacional. A empresa recorreu de decisão judicial que rejeitou a ordem de despejo para retirar a comunidade de outra área de suas terras ancestrais.


Os Estados devem garantir que os povos indígenas tenham propriedade e controle das suas terras e recursos. Devem implementar políticas para acabar com a violência contra os povos indígenas e garantir que estes obtenham justiça, verdade e reparação pelas violações dos direitos humanos que sofreram.


Apesar das perspectivas sombrias, houve algum progresso. Em abril, foi emitido pela primeira vez na Colômbia um diploma universitário que refletia a identidade não binária do seu titular.


Direitos dos refugiados e migrantes


As devastadoras crises políticas, humanitárias e económicas que assolam toda a região das Américas contribuíram para um aumento sistemático do número de pessoas que abandonam os seus países de origem em busca de segurança e que estão sujeitas a violações dos direitos humanos no processo. Mais de 7,72 milhões de venezuelanos deixaram o seu país no final do ano, segundo dados do ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados. As autoridades panamenhas informaram que cerca de 520.000 pessoas cruzaram a fronteira entre a Colômbia e o Panamá através do Darién Gap, um número que duplicou o registado em 2022. Houve também um aumento vertiginoso no número de migrantes, requerentes de asilo e refugiados que chegaram. México com o objetivo de ir para os Estados Unidos ou Canadá.


As autoridades de vários países, incluindo o Chile, a Colômbia, o Equador, os Estados Unidos, o México e o Peru, não respeitaram nem protegeram os direitos dos migrantes e refugiados, negando-lhes inclusive o direito de solicitar asilo. Nos Estados Unidos, após o fim da política de imigração conhecida como Título 42, foram implementadas novas medidas de imigração que continuaram a limitar drasticamente o acesso ao asilo na fronteira com o México. Estas disposições incluíam a presunção de inadmissibilidade na maioria dos casos e a utilização obrigatória de uma aplicação de telemóvel que oferecia um número limitado de marcações, deixando muitos requerentes de asilo retidos na fronteira, em condições desumanas e expostos à violência e a outros abusos.


O governo dos EUA estendeu o chamado Estatuto de Protecção Temporária de haitianos, hondurenhos, nepaleses, nicaragüenses, somalis, sudaneses, sudaneses do sul, ucranianos, venezuelanos e iemenitas, que concedia autorização de emprego e protecção contra a expulsão dos Estados Unidos. Além disso, implementou um processo de autorização de permanência temporária para cubanos, haitianos, nicaragüenses e venezuelanos, que oferecia até 30 mil autorizações mensais para entrar nos Estados Unidos, desde que estivesse disponível o patrocínio de residentes no país.


As autoridades dos EUA continuaram a recorrer à detenção arbitrária em massa de imigrantes, recorrendo a prisões privadas para deter pessoas que procuravam segurança. No Canadá, as províncias de Ontário, Quebec, Saskatchewan e New Brunswick anunciaram o fim dos seus acordos de detenção de imigração com a Agência de Serviços de Fronteiras do Canadá, juntando-se ao compromisso da Colúmbia Britânica, Alberta, Manitoba e Nova Escócia de não deter ninguém apenas por razões de imigração a partir de Julho de 2024. No México, onde as condições de detenção para migrantes e requerentes de asilo eram especialmente duras; Em março, o Supremo Tribunal emitiu uma decisão histórica que estabeleceu que o período máximo de permanência de uma pessoa num centro de detenção de imigração era de 36 horas, após o qual as autoridades tinham a obrigação de libertá-la.


O destacamento de forças armadas foi aumentado em todos os países da região para gerir o número crescente de migrantes e refugiados que chegam ao seu território. No Chile, o governo enviou tropas militares ao longo das fronteiras com a Bolívia e o Peru em fevereiro para impedir a entrada irregular de pessoas em busca de segurança, o que afetou principalmente os venezuelanos.


Os venezuelanos que vivem no Chile, na Colômbia, no Equador e no Peru enfrentaram barreiras significativas no acesso ao procedimento de asilo e a outros programas de proteção temporária ou complementar. Como resultado, muitos não conseguiram regularizar a sua situação e ter acesso a serviços básicos, incluindo serviços de saúde. As autoridades ainda não conseguiram proteger as mulheres venezuelanas da violência de género, da qual corriam particular risco. Muitos deles não denunciaram por medo, desconfiança ou desinformação, e não conseguiram aceder a alguns serviços por não se encontrarem numa situação regular.


Na República Dominicana, persistiram a discriminação contra pessoas de ascendência haitiana ou haitiana e o racismo contra os negros, colocando os migrantes, os requerentes de asilo e de refúgio, as mulheres e as raparigas e as pessoas LGBTI numa situação particularmente vulnerável. As autoridades de imigração e os responsáveis ​​pela aplicação da lei invadiram hospitais e realizaram buscas discriminatórias contra mulheres e raparigas haitianas para as deter e deportar arbitrariamente.


As autoridades devem suspender urgentemente as expulsões ilegítimas, respeitar o princípio da não repulsão e abster-se de deter refugiados e migrantes. Os Estados devem também garantir que todas as pessoas possam solicitar asilo e tenham acesso a um procedimento justo e eficaz para o fazer, especialmente aquelas que fogem de violações massivas dos direitos humanos, bem como proporcionar aos refugiados a protecção a que têm direito. Devem combater o racismo e a xenofobia exercidos contra a população migrante, refugiada e requerente de asilo.



Na República Dominicana, persistiram a discriminação contra pessoas de ascendência haitiana ou haitiana e o racismo contra os negros, colocando os migrantes, os requerentes de asilo e de refúgio, as mulheres e as raparigas e as pessoas LGBTI numa situação particularmente vulnerável. As autoridades de imigração e os responsáveis ​​pela aplicação da lei invadiram hospitais e realizaram buscas discriminatórias contra mulheres e raparigas haitianas para as deter e deportar arbitrariamente.


As autoridades devem suspender urgentemente as expulsões ilegítimas, respeitar o princípio da não repulsão e abster-se de deter refugiados e migrantes. Os Estados devem também garantir que todas as pessoas possam solicitar asilo e tenham acesso a um procedimento justo e eficaz para o fazer, especialmente aquelas que fogem de violações massivas dos direitos humanos, bem como proporcionar aos refugiados a protecção a que têm direito. Devem combater o racismo e a xenofobia exercidos contra a população migrante, refugiada e requerente de asilo.


Direito à verdade, justiça e reparação 


A impunidade para as violações dos direitos humanos, incluindo crimes ao abrigo do direito internacional, continuou a ser a norma em países como a Bolívia, o Brasil, o Chile, o Equador, El Salvador, a Guatemala, o Haiti, o México, a Nicarágua, o Peru, o Uruguai e a Venezuela, apesar dos progressos terem sido registados. registrada em alguns países.

Na Bolívia, o Grupo Interdisciplinar de Peritos Independentes deste país informou em outubro que poucos progressos foram feitos nas investigações sobre violações dos direitos humanos cometidas no âmbito da crise política de 2019, durante a qual 37 pessoas morreram e centenas de outras ficaram feridas em nas mãos das forças de segurança. As investigações sobre homicídios policiais no Brasil também foram ineficazes; Os 3 policiais acusados ​​formalmente pelo assassinato do ativista Pedro Henrique Cruz, ocorrido em Tucano (BA) em 2018, ainda não haviam sido processados ​​e cuja mãe, Ana Maria, continuava sofrendo ameaças e intimidações. No Chile, a impunidade continuou para a maioria das violações dos direitos humanos cometidas durante a crise social de 2019; Segundo o Ministério Público Nacional, apenas foram apresentadas acusações em 127 dos 10.142 casos de denúncias apresentadas por vítimas de abusos cometidos nesse período, resultando em 38 condenações e 17 absolvições.

No Equador, as graves violações dos direitos humanos cometidas pelas forças de segurança no âmbito dos protestos de 2019 e 2022 continuaram impunes; Em Junho, a Ordem Executiva 755 estipulou que os agentes responsáveis ​​pela aplicação da lei suspeitos de causar ferimentos, danos ou morte a uma pessoa não seriam detidos ou despedidos até serem condenados. Na Colômbia, até junho, foram feitos poucos progressos na implementação do Acordo de Paz de 2016.

No entanto, registaram-se progressos efectivos nos processos de justiça, verdade e reparação em algumas jurisdições, como a Argentina e o Chile. Na Argentina, os julgamentos por crimes contra a humanidade cometidos durante o regime militar de 1976-1983 continuaram a ser realizados perante tribunais civis ordinários. No Chile, foi apresentado o Plano Nacional de Busca de pessoas desaparecidas durante o regime de Augusto Pinochet (1973-1990), que ainda estava pendente de aplicação no final do ano; O governo também anunciou a Política de Memória e Patrimônio Nacional para a proteção dos locais de memória coletiva relativos a esse período.


Em junho, a Câmara de Investigação do Tribunal Penal Internacional autorizou o seu Ministério Público a retomar a investigação de crimes contra a humanidade na Venezuela, e um procurador federal da Argentina abriu uma investigação sobre crimes contra a humanidade na Venezuela, em aplicação do princípio da jurisdição universal .


Os Estados devem comprometer-se a combater a impunidade e a garantir a verdade, a justiça e a reparação.


Direito a um ambiente saudável


Estados de toda a região das Américas, em particular Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Equador, Estados Unidos, México e Peru, não adotaram medidas suficientes ou eficazes para garantir o direito a um ambiente saudável e mitigar os efeitos da crise climática sobre direitos humanos. Isto ficou especialmente evidente no contexto de projectos extractivos de grande escala que afectaram desproporcionalmente os povos indígenas, as comunidades da linha da frente que vivem nas proximidades de tais projectos e outros grupos marginalizados extremamente vulneráveis ​​à degradação ambiental. Pese al compromiso de Bolivia de mantener su cobertura forestal, los defensores y defensoras de los derechos humanos pusieron de manifiesto la insuficiencia de las medidas tomadas para prevenir la intensa temporada de incendios forestales, que se vio agravada por el cambio climático, durante los últimos meses do ano.


Em muitos países, foram criminalizados indivíduos, como os pertencentes a povos indígenas, que se opuseram activamente a projectos extractivos que tinham impactos negativos no ambiente e em sumidouros de carbono vulneráveis.


Em 2023, as temperaturas globais e as emissões de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde. Embora a contribuição dos países das Américas tenha variado consideravelmente, o Brasil, o Canadá e os Estados Unidos estavam entre os principais emissores de gases de efeito estufa na região e no mundo. A expansão da extracção de combustíveis fósseis e o aumento de projectos que envolvem a queima de gás relacionado com a extracção de petróleo bruto na região, bem como a manutenção dos subsídios aos combustíveis fósseis, representaram uma ameaça às metas climáticas globais estabelecidas no Acordo de Paris. Os governos da região não se comprometeram a eliminar de forma gradual, rápida e equitativa a utilização e a produção de todos os combustíveis fósseis, nem todos os tipos de subsídios para estes produtos.


As autoridades devem abordar urgentemente os efeitos da crise climática nos direitos humanos, impulsionando a ação climática à escala regional. Os países industrializados e com elevadas emissões da região devem assumir a liderança na mitigação das alterações climáticas, incluindo a cessação dos subsídios aos combustíveis fósseis e a expansão da sua produção. Os governos devem também garantir a protecção dos povos indígenas e dos defensores dos direitos humanos que fazem campanha pela justiça climática e pelos direitos ambientais. Os países desenvolvidos da região devem também aumentar urgentemente o financiamento climático para apoiar as estratégias de mitigação e adaptação dos países em desenvolvimento de baixos rendimentos, bem como comprometer-se a fornecer fundos adicionais destinados a perdas e danos.


Direitos económicos e sociais 


As taxas de pobreza e pobreza extrema da região, que aumentaram significativamente durante a pandemia da COVID-19, regressaram aos níveis anteriores à pandemia em 2023, mas os países ainda não conseguiram tomar as medidas necessárias para atingir o objectivo de acabar com a pobreza antes de 2030. Quase 30 % da população da América Latina (183 milhões de pessoas) continuou a viver na pobreza e 11,4% (72 milhões) na pobreza extrema. A desigualdade continuou a ser a principal dificuldade para os países promoverem o crescimento e o desenvolvimento inclusivos, como foi o caso da América Latina, onde os 10% mais ricos da população acumularam 34% do rendimento total.


Os Estados devem tomar fortes medidas fiscais e orçamentais para combater a pobreza e a desigualdade e para garantir que cumprem as suas obrigações em matéria de direitos humanos no que diz respeito à saúde, educação, habitação, segurança social e acesso a serviços e bens básicos.



2024/04/30

Chile : La tasa de desocupación nacional fue de 8,7% en el trimestre enero – marzo 2024

Esta cifra se explica por el alza de la fuerza de trabajo (3,2%), menor a la presentada por las personas ocupadas (3,4%).





En 8,7% se ubicó la tasa de desocupación en Chile durante el trimestre enero – marzo 2024 (EFM 2024), de acuerdo con la información entregada por la Encuesta Nacional de Empleo (ENE), elaborada por el Instituto Nacional de Estadísticas de Chile (INE).


La cifra significó un descenso de 0,1 puntos porcentuales (pp.) en doce meses, debido a que el alza de la fuerza de trabajo (3,2%) fue menor a la presentada por las personas ocupadas (3,4%). Por su parte, las personas desocupadas aumentaron 1,7%, incididas por quienes buscan trabajo por primera vez (13,0%) y quienes se encontraban cesantes (0,5%).


Respecto al mismo periodo del año anterior, las tasas de participación y de ocupación se situaron en 62,4% y 57,0%, creciendo 1,4 pp. y 1,3 pp., respectivamente. Por otra parte, la población fuera de la fuerza de trabajo disminuyó 2,7%, influida únicamente por personas inactivas habituales (-4,9%).


En las mujeres, la tasa de desocupación se situó en 9,5%, sin presentar variación en doce meses; debido a aumentos en proporción similar tanto en la fuerza de trabajo (4,2%) como en las mujeres ocupadas (4,1%), en tanto el nivel de las desocupadas se expandió un 4,9%. 


Las tasas de participación y ocupación se situaron en 52,8% y 47,8%, incrementándose 1,7 pp. y 1,5 pp., respectivamente. Por su parte, las mujeres fuera de la fuerza de trabajo descendieron 2,5%.



En los hombres, la tasa de desocupación fue de 8,0%, con una disminución de 0,3 pp. en doce meses, a raíz del incremento de 2,5% de la fuerza de trabajo, menor al 2,8% registrado por los hombres ocupados; mientras los desocupados descendieron 1,1%. 


La tasa de participación, en tanto, llegó a 72,4% y la tasa de ocupación se situó en 66,6%, con variaciones respectivas de 1,0 pp. y 1,2 pp. Los hombres fuera de la fuerza de trabajo se redujeron 2,9%.


Alza de personas ocupadas


En doce meses, las personas ocupadas experimentaron un alza de 3,4%, incidida tanto por las mujeres (4,1%) como por los hombres (2,8%).


Los sectores que contribuyeron al aumento de la población ocupada fueron comercio (5,1%), administración pública (6,8%) y hogares como empleadores (12,5%); mientras todas las categorías ocupacionales presentaron incrementos, liderados por personas asalariadas formales (3,4%), asalariadas informales (6,3%) y trabajadores por cuenta propia (1,1%).


Informalidad


La tasa de ocupación informal se ubicó en 28,1%, con un alza de 0,7 pp. en un año. Las personas ocupadas informales aumentaron 5,8%, incididas tanto por mujeres (7,8%) como por los hombres (4,1%); y según sector económico, debido principalmente a comercio (13,3%) y hogares como empleadores (22,5%).


Estacionalidad


La tasa de desocupación ajustada estacionalmente (que elimina los efectos de los factores exógenos estacionales de naturaleza no económica que influyen en su comportamiento coyuntural) se situó en 8,5%, disminuyendo 0,1 pp. respecto al trimestre móvil anterior.


Horas de trabajo e indicadores de subutilización de la fuerza de trabajo


En doce meses, el volumen de trabajo, medido a través del número total de horas efectivas trabajadas por las personas ocupadas, ascendió 2,7%; mientras el promedio de horas trabajadas decreció 0,9%, llegando a 36,3 horas. Según sexo, el promedio de horas para los hombres fue 39,2 y para las mujeres, 32,5 horas.


La tasa combinada de desocupación y fuerza de trabajo potencial alcanzó 17,0%, con un incremento de 0,3 pp. en el período. En los hombres se situó en 14,3% y en las mujeres, en 20,4%. La brecha de género fue 6,1 pp.


Metropolitana


En la Región Metropolitana la tasa de desocupación del trimestre enero – marzo 2024, alcanzó un 9,6%, con un descenso de 0,5 pp. en doce meses. En el mismo período, la estimación del total de la población ocupada creció 2,3%. Según sector económico, comercio (6,0%), hogares como empleadores (14,5%) y enseñanza (4,9%) registraron las principales incidencias positivas.

2024/04/25

Chilenos poseen cuentas en el exterior por más de US$ 32 mil millones

 

Servicio de Impuestos Internos inicia un plan de fiscalización

Basado en distintos convenios de intercambio de información, el organismo recibió datos de más de 153 mil cuentas en el extranjero. Así, puso la lupa sobre un grupo de 676 contribuyentes que representan el 70% de los montos fuera del país.




Casi un mes lleva desarrollándose la Operación Renta, proceso anual de declaración de impuestos realizado en conjunto por el Servicio de Impuestos Internos (SII) y la Tesorería General de la República (TGR).


Y si bien el foco de la noticia ha estado en los contribuyentes de menor tamaño y el pronto inicio de la fecha de devolución de gravámenes, lo cierto es que el organismo fiscalizador ha estado diseñando una estrategia para aumentar el nivel de cumplimiento de las obligaciones de las personas de alto patrimonio, con foco en inversiones y rentas que perciban tanto en Chile como en el extranjero.


Con este telón de fondo, la institución dirigida por Hernán Frigolett inició un plan de acciones preventivas y de fiscalización luego de detectar cuentas financieras de chilenos en el exterior por millonarios montos.


En particular, y sobre la base de datos recibidos en septiembre de 2023 correspondientes al año comercial 2022, la entidad detectó 153.314 cuentas financieras de chilenos fuera del país, por US$ 32.579 millones.


Los antecedentes fueron aportados por distintas instituciones de 88 países, a través de mecanismos como los convenios de intercambio de información entre autoridades fiscales.


Del total de contribuyentes chilenos en este segmento, el SII está poniendo la lupa sobre un grupo de 676 personas y empresas que representan un 70% de los montos de las cuentas informadas, o sea, algo más de US$ 23 mil millones.


Estos contribuyentes son objeto de un plan de acciones informativas y preventivas de parte del servicio, con la finalidad de que puedan declarar correctamente sus ingresos nacionales y extranjeros en el marco de la Operación Renta. ¿La razón? Su comportamiento tiene un mayor impacto en el sistema tributario.


Suiza, Luxemburgo e Islas Caimán


Un ejemplo de acceso a datos que posee el SII es el Common Reporting Standard (CRS), que es un reporte que permite a las administraciones tributarias obtener información desde sus instituciones financieras e intercambiarla con otros países.


También el organismo tiene vigente el Reporte País por País, con el objetivo de compartir antecedentes con sus pares sobre precios de transferencia para operaciones entre partes relacionadas.





Esto, además de las declaraciones juradas 1950 y 1951 sobre la materia a partir de la Operación Renta de 2021. Esto permite disponer en forma periódica de los registros sobre todas las inversiones que los contribuyentes mantienen en el exterior. Estos son recibidos en septiembre de cada año respecto del ejercicio previo.


La subdirectora de Fiscalización del SII, Carolina Saravia, plantea que estos convenios permiten obtener antecedentes sobre las cuentas de contribuyentes chilenos en el exterior “para nuestros correspondientes análisis y aplicación de nuestros modelos de riesgo”.


Como contraparte, explica que entregan a otras administraciones tributarias los datos provenientes de instituciones financieras chilenas sobre cuentas de extranjeros.


Entre las jurisdicciones emisoras de información al SII, destacan por los montos más altos reportados Suiza, Luxemburgo, Islas Caimán, Bermudas, Irlanda, Liechtenstein, Bahamas, España, Alemania y Canadá.


Por el otro carril, Chile entrega a otras jurisdicciones periódicamente información relacionada a 7.825 cuentas financieras de extranjeros residentes en el país, los que corresponden a 101 instituciones por un total de US$ 1.244 millones.


El país tiene hoy la posibilidad de intercambiar información con cerca de 125 jurisdicciones, a través de vehículos como los convenios para evitar la doble tributación, convenios de intercambio de información general y la convención multilateral sobre asistencia administrativa mutua en materia tributaria (vigente desde noviembre de 2016).

2024/04/23

Empresa chilena de telecomunicações Entel eleva investimentos em 2024 para US$ 618 milhões

 

La empresa chilena de telecomunicaciones Entel planea invertir 618 millones de dólares este año, dijo la compañía el martes, ligeramente por encima de su gasto para 2023.


Entel Chile




Desse montante, cerca de US$ 451 milhões serão destinados à operação chilena, onde a empresa está implantando 5G. Aproximadamente US$ 167 milhões serão designados ao Peru. O investimento será realizado com recursos próprios, informou a empresa em um comunicado.


Los fondos se destinarán principalmente a las divisiones de hogar y móviles de Entel, informó la firma en un comunicado.
La mayor parte de los fondos -451 millones de dólares- están destinados a Chile, mientras que otros 167 millones de dólares se destinarán a la unidad peruana de Entel, añadió la empresa.


En Chile, "hay una ligera caída" en las inversiones previstas "si sólo se toma en cuenta el gasto móvil y empresarial", afirmó en el comunicado su presidente ejecutivo, Antonio Buchi.


"Esta industria enfrenta un escenario complejo y simplemente mantener las inversiones es un desafío", agregó.




En Perú, Entel ya es el segundo operador móvil y planea alcanzar una participación de mercado del 30% en los próximos tres o cuatro años, afirmó Buchi.


A Entel já havia anunciado um desembolso de US$ 320 milhões para o desenvolvimento dessa tecnologia no Chile, que faz parte do plano de investimentos anunciado na terça-feira.

“Esta implantação será mais rápida do que as tecnologias anteriores, mas, mesmo assim, é importante ressaltar que o processo será gradual e seu desenvolvimento levará vários anos, devido às obras e investimentos necessários”, disse o gerente de regulação e assuntos corporativos da Entel, Manuel Araya, à BNamericas antes de conhecer o novo plano de investimentos.


Até o momento, a Entel investiu cerca de US$ 60 milhões em 5G. A empresa implantou mais de 50% das estações-base de 5G prometidas por uma licitação para este primeiro ano, em nove regiões do país.


Como parte dos compromissos de investimento, a Entel deve levar redes 5G a 199 hospitais, 24 ministérios, 16 municípios, 15 aeroportos ou aeródromos, 19 portos, 7 centros de interesse científico e 25 universidades ou instituições de ensino superior.


Todos os planos da companhia oferecem 5G. “A demanda vai evoluir com o tempo, junto com o amadurecimento dos serviços. Espaços como realidade aumentada, realidade virtual e o metaverso são conceitos cada vez mais próximos das pessoas e, à medida que penetrarem no mercado, a demanda por 5G aumentará”, acrescentou Araya.


Hoje, a Entel tem mais de 460 mil clientes com equipamentos compatíveis com a tecnologia 5G no Chile. De todas as vendas de equipamentos, 40% envolvem 5G.


FIBRA


Cerca de US$ 160 milhões serão reservados para a implantação de fibra ótica e a conexão de novos clientes no Chile, segundo o comunicado.


Juntamente com a locação de redes para terceiros, a Entel ultrapassará 3 milhões de casas passadas com fibra até o final de 2023, prevê Büchi.


No Chile, operadoras como On Net Fibra e Mundo oferecem suas redes de fibra ótica no atacado.


A On Net Fibra Chile pretende investir aproximadamente US$ 100 milhões na instalação de fibra ótica no país em 2022. A Mundo, por sua vez, anunciou um desembolso de US$ 200 milhões para fibra ótica.


Segundo informações reveladas por Araya, nos últimos anos, a Entel injetou cerca de US$ 270 milhões em conectividade móvel rural, incluindo projetos como a rede Fibra Óptica Austral para melhorar a conectividade 4G nas cidades de Caleta Tortel e Puerto Williams, no extremo sul do país, e na cidade de Punta Arenas, entre outros.

Rio Tinto, Eramet y LG Energy buscan desarrollar tecnología de extracción de litio para Chile



Rio Tinto (RIO.L), abre en una nueva pestaña, Eramet (ERMT.PA), abre una nueva pestaña y LG Energy (373220.KS), abre una nueva pestaña se encuentran entre las 30 empresas que han presentado propuestas para desarrollar tecnología de extracción de litio para una empresa chilena.






Salar en las primeras etapas de exploración, informó el organismo minero estatal ENAMI.
Chile busca desarrollar el salar conocido como Salares Altoandinos para la minería de litio.
ENAMI ha pedido a las empresas postoras que detallen los planes paso a paso para probar los depósitos de salmuera de las salinas, describan los procesos potenciales para alcanzar el litio de grado de batería y que indiquen si tenían un plan para evaluar el impacto ambiental de la reinyección de salmuera.


"El objetivo... es conocer el estado del arte de los procesos tecnológicos para la extracción de litio que se están desarrollando a nivel mundial", dijo la ENAMI en un comunicado el lunes.
Rio Tinto, el mayor productor de mineral de hierro del mundo, es una de las pocas grandes empresas mineras que apuestan por el litio, con un proyecto en Argentina donde espera comenzar la producción a finales de año.
La francesa Eramet también está desarrollando un proyecto de litio en Argentina, y se espera que la producción comience este año, y el año pasado adquirió salares en Chile para los cuales ahora busca derechos de exploración y minería.





El presidente Gabriel Boric lanzó el año pasado una política destinada a impulsar el papel del Estado en la industria del litio en Chile, que tiene las mayores reservas del metal del mundo.


Boric también anunció un ambicioso plan para eliminar gradualmente los estanques de evaporación utilizados tradicionalmente y exigir el uso de tecnología de extracción directa de litio (DLE), que aún no está probada.

2024/04/22

Chile: Carabinero Tomás Rodríguez Soriano condenado por apremios ilegítimos cumplirá pena en libertad

 

INDH actúa como querellante en esta causa, que data del 18 de octubre de 2019 en el centro de Santiago. El Cuarto Tribunal Oral en lo Penal estimó que “no se daban los supuestos” para el uso de la escopeta antidisturbios.



Actriz María Paz Grandjean Cárdenas.



La jefa regional del INDH, Beatriz Contreras, indicó que “la sanción adecuada y proporcional en este tipo de delitos requiere que ésta sea efectiva y no simbólica”.


El Cuarto Tribunal Oral en lo Penal de Santiago sentenció a tres años de presidio al capitán de Carabineros Tomás Rodríguez Soriano por apremios ilegítimos, que perpetró el 18 de octubre de 2019. El uniformado disparó indebidamente su escopeta antidisturbios en el contexto de manifestaciones por la crisis social e impactó el rostro a la actriz María Paz Grandjean Cárdenas. La sede la Región Metropolitana del Instituto Nacional de Derechos Humanos (INDH) es querellante en esta causa.


En este caso el tribunal aplicó además al sentenciado la suspensión para cargo u oficio público durante el tiempo de la pena. De todas maneras, respecto de la privación de libertad, los jueces la sustituyeron por la remisión condicional. Es decir, cumplirá el castigo en libertad en un sistema de observación y asistencia ante Gendarmería y fijando domicilio en un lugar determinado. Tomás Rodríguez Soriano tiene un abono de 721 días por el lapso que cumplió arresto domiciliario durante la fase investigativa de la causa.


La sentencia explica que la sustitución de la privación de libertad la hace “confiando en que el efecto simbólico de esta condena y su condicionado periodo de control pueden ayudar al condenado, a la víctima y a la sociedad a reencontrarse y comenzar a sanar lo que el delito fracturó”.


Según consta en la sentencia, el tribunal dio por acreditado que cerca de las 20 horas del 18 de octubre de 2019, Tomás Rodríguez Soriano disparó su escopeta antidisturbios en la esquina de la Alameda con Ramón Corvalán. La primera vez porque un manifestante lanzó un objeto a carabineros. Enseguida, realizó un segundo tiro que impactó el rostro de la actriz María Paz Grandjean Cárdenas que venía del Centro Gabriela Mistral. La víctima se encontraba a 16,24 metros del perpetrador y quedó con heridas faciales y mandibulares de carácter menos grave.


Conducta del uniformado


De acuerdo con el tribunal, con sus tiros el capitán de Carabineros “contravino los reglamentos institucionales vigentes sobre uso de la fuerza y empleo de ese tipo de armamento (escopeta antidisturbios). No se daban los supuestos de agresión activa o violencia que justificaran su uso defensivo”, indica el texto. Los jueces recordaron que los disparos no los apuntó “al tercio inferior de los cuerpos, como evidencia el impacto en el rostro de la víctima que estaba inmediatamente detrás del individuo al que se pretendía alcanzar”.


También, se estimó que el disparo de Tomás Rodríguez Soriano “alcanzó con sus efectos a una persona que no representaba una amenaza”. Se recordó que “si bien los videos exhibidos dan cuenta de la existencia de diversos manifestantes ubicados en la intersección de Ramón Corvalán y Alameda momentos antes de la llegada al lugar de la policía, (…) la escasa cantidad de personas y particularmente la de una de ellas que arroja una piedra en dirección a los carabineros apostados en el lugar, no representaba una amenaza o nivel de peligro que habilitara al acusado a actuar como lo hizo”.


Valoración del INDH


La jefa de la sede de la Región Metropolitana del INDH, Beatriz Contreras, indicó que esta “sentencia deja establecido, más allá de toda duda razonable, que los hechos denunciados, así como la responsabilidad del capitán de carabineros involucrado, quedó del todo acreditada. Consideramos esto de suma relevancia, sobre todo en este caso, que quizás fue el primero de los muchos casos de violaciones de DD.HH. en el contexto de la crisis social”.


Contreras añadió que “valoramos el estándar que tuvo la investigación en este caso, que permitió llegar a esta sentencia condenatoria, que sumada a las anteriores contribuye en la búsqueda de justicia de las víctimas de violencia institucional”.


Sin embargo, indicó la jefa regional, “es muy importante hacer presente que los tribunales deben hacer un control de convencionalidad al imponer la sanción. Los estándares de DD.HH. referidos a las sanciones en este tipo de causas son claros. La obligación de investigar y garantizar el acceso a la justicia en materia de violaciones a los DD.HH. conlleva como condición jurídica la de establecer sanciones proporcionales y adecuadas a la gravedad de los hechos”. 


Sanción efectiva y no simbólica


La jefa regional insistió en que esto se basa “en la perspectiva no sólo de satisfacer el legítimo anhelo de justicia de las víctimas y sus familiares. También, como garantía de no repetición, en la medida que emite un mensaje claro y efectivo de que en el futuro dichas violaciones no serán condonadas ni toleradas. Por tanto, la sanción adecuada y proporcional en este tipo de delitos requiere que ésta sea efectiva y no simbólica”.


Contreras recordó “lo señalado por la Corte Interamericana de Derechos Humanos al establecer que ‘la imposición de penas ínfimas o ilusorias, o que pueden significar una mera apariencia de justicia’ son incompatibles con las obligaciones impuestas por la Convención Americana sobre Derechos Humanos y que ‘[e]n cuanto al referido principio de proporcionalidad de la pena, la Corte estima oportuno resaltar que la respuesta que el Estado atribuye a la conducta ilícita del autor de la transgresión debe ser proporcional al bien jurídico afectado y a la culpabilidad con la que actuó el autor. Se debe establecer en función de la diversa naturaleza y gravedad de los hechos”.



2024/04/17

Los 10 principales pros y contras de las redes sociales en 2024

 



Introducción

En el panorama en constante evolución de la era digital, donde los tweets son tendencia, las historias se desarrollan y las conexiones se establecen con solo un toque, el estado de las redes sociales en 2024 es nada menos que dinámico. Mientras nos encontramos inmersos en este tapiz virtual de tweets, publicaciones y acciones compartidas, el corazón palpitante de las redes sociales late más fuerte que nunca. Pero con este ritmo incesante surge una pregunta esencial: ¿Cuáles son los pros y los contras de las redes sociales que definirán nuestras interacciones online en 2024?






Imagínese esto: un mundo donde la información fluye como un río digital, conectando a miles de millones de personas en todo el mundo. En tal entorno, comprender las complejidades de las redes sociales se ha vuelto primordial. Los pros y los contras de las redes sociales en 2024 pintan un retrato matizado de oportunidades y desafíos, de conexiones y complejidades. A medida que nos embarcamos en esta exploración, profundizando en la esencia de la interconexión digital, desentrañamos las capas que dan forma a nuestras experiencias en línea.


En este viaje introspectivo, navegaremos a través del panorama en constante expansión de las redes sociales, arrojando luz sobre su naturaleza multifacética. Únase a nosotros mientras desentrañamos el tapiz de las conexiones virtuales y revelamos la importancia de comprender los pros y los contras de las redes sociales en 2024: un viaje en el que cada me gusta, cada intercambio y comentario contribuye a la narrativa en evolución de nuestra existencia digital.


Ventajas de las redes sociales
Conectividad y comunicación


Las redes sociales actúan como un puente virtual que une a personas de diversos orígenes. Facilita conversaciones globales, permitiendo a los usuarios conectarse, compartir e interactuar con personas de todo el mundo, trascendiendo las fronteras geográficas.


Fortalecimiento de los vínculos personales:
Más allá de su alcance global, las redes sociales tienen un profundo impacto en las relaciones personales. Fomenta vínculos más fuertes al permitir que las personas permanezcan conectadas con amigos y familiares, independientemente de la distancia física, fomentando una sensación de cercanía.


El intercambio de información
La velocidad de la información:


La fortaleza de las redes sociales radica en su capacidad para difundir información rápidamente. Las noticias, tendencias y actualizaciones viajan a la velocidad de un clic, lo que garantiza que los usuarios se mantengan informados sobre los últimos desarrollos en tiempo real.


Noticias que se desarrollan en tiempo real:
La inmediatez de las redes sociales las transforma en un centro de noticias en tiempo real. Los usuarios reciben actualizaciones instantáneas sobre eventos actuales, lo que proporciona una plataforma para compartir noticias que no tiene paralelo en su rapidez.


Oportunidades de negocio y marketing


El patio de juegos empresarial:


Para las empresas, las redes sociales son más que una plataforma: son un campo de juego para el crecimiento. Desde nuevas empresas hasta marcas establecidas, estas plataformas ofrecen oportunidades sin precedentes para la expansión empresarial, la exposición de la marca y la adquisición de clientes.


Estrategias para el éxito:


Descubrir los pros y los contras de las redes sociales para las empresas implica elaborar estrategias de marketing efectivas. Las plataformas sirven como terreno fértil para la participación del cliente, colaboraciones con personas influyentes y campañas específicas, lo que constituye la piedra angular de un crecimiento sostenido.


Educación y Concientización

Un aula sin paredes:


Las redes sociales se transforman en un aula expansiva, remodelando el panorama de la educación. Proporciona una plataforma dinámica para el aprendizaje, ofreciendo contenido educativo, tutoriales y debates que atienden diversos intereses y estilos de aprendizaje.


Promoción amplificada:


Más allá de la educación, las redes sociales se convierten en un megáfono de causas sociales. Amplifica las campañas de concientización, permitiendo a individuos y organizaciones abogar por el cambio y movilizar apoyo para diversos problemas sociales.


Entretenimiento y creatividad


Arte digital desatado:


Las redes sociales son un lienzo para la expresión creativa. Los usuarios muestran sus talentos artísticos a través de publicaciones y videos visualmente impresionantes, creando una galería digital que celebra diversas formas de creatividad.


Redefiniendo el consumo de entretenimiento:


El impacto de las redes sociales en la industria del entretenimiento es transformador. Remodela la forma en que consumimos e interactuamos con el contenido, dando lugar a nuevas formas de entretenimiento y revolucionando los canales de entretenimiento tradicionales.


En el intrincado entramado de pros y contras de las redes sociales, estos aspectos positivos subrayan el poder transformador de la conectividad digital, que enriquece nuestras vidas de manera tan profunda como entretenida. A medida que navegamos por el panorama digital, es esencial reconocer y apreciar las influencias positivas que las redes sociales aportan al frente de nuestras esferas personal, profesional y creativa.


Contras de las redes sociales


A medida que profundizamos en el lado más oscuro del panorama digital, los pros y los contras de las redes sociales se destacan claramente. Si bien estas plataformas ofrecen innumerables beneficios, también presentan un espectro de desafíos que merecen una cuidadosa consideración.


Preocupaciones sobre la privacidad


Violaciones de datos y problemas de privacidad:


En la intrincada danza entre usuarios y plataformas, el espectro de las filtraciones de datos cobra gran importancia. La vulnerabilidad de la información personal genera preocupación, y los casos de violaciones de datos se están convirtiendo en una realidad preocupante.


El lado oscuro de la publicidad dirigida:


Detrás de los anuncios personalizados se esconde una sombra: el lado oscuro de la publicidad dirigida. La línea entre personalización e intrusión se desdibuja a medida que los usuarios enfrentan las consecuencias de la explotación de su huella digital para obtener ganancias comerciales.


Ciberbullying y acoso


Aumento de casos de acoso cibernético:


El ámbito digital no siempre es benigno y el ciberacoso proyecta una larga sombra. Las plataformas de redes sociales se convierten en caldo de cultivo para el acoso en línea, lo que plantea amenazas al bienestar mental de los usuarios.


Medidas tomadas para abordar el acoso en línea:


Como respuesta a la creciente ola de ciberacoso, las plataformas han implementado medidas para frenar el acoso en línea. Desde mecanismos de denuncia hasta moderación de contenidos impulsada por IA, se toman medidas para crear espacios digitales más seguros.


Problemas de salud mental


Impacto en la autoestima y la imagen corporal:


En la era de los filtros y el contenido curado, el impacto en la autoestima y la imagen corporal se convierte en una preocupación apremiante. La comparación social ocupa un lugar central y contribuye a estándares de belleza poco realistas.


Adicción y sus consecuencias:


La naturaleza adictiva de las redes sociales hace saltar las alarmas. Los usuarios se ven enredados en la búsqueda de gustos y validación, lo que genera adicción y posibles consecuencias para la salud mental.


Difusión de información errónea


Desafíos para controlar la difusión de noticias falsas:


Navegar por el mar de información y distinguir la verdad de la falsedad se convierte en un desafío. Controlar la difusión de noticias falsas pone a prueba la eficacia de los mecanismos de moderación de contenidos y verificación de hechos.


El papel de las redes sociales en la desinformación:


Las redes sociales, sin darse cuenta o no, se convierten en un conducto para la desinformación. La naturaleza viral del contenido amplifica su impacto, lo que subraya la necesidad de usuarios atentos y de intervenciones sólidas en la plataforma.


Pérdida de tiempo y productividad


Abordar la naturaleza adictiva de las redes sociales:


La constante atracción de notificaciones y el atractivo del desplazamiento interminable contribuyen a perder el tiempo. Abordar la naturaleza adictiva de las redes sociales se convierte en un desafío personal y social.


Estrategias para mantener un equilibrio saludable:


En la búsqueda de una vida digital armoniosa, los usuarios buscan estrategias para mantener un equilibrio saludable. Desde establecer límites de tiempo frente a la pantalla hasta desintoxicaciones digitales periódicas, las personas crean espacios para la productividad fuera de línea.


En la intrincada danza entre los pros y los contras de las redes sociales, reconocer los desafíos permite a los usuarios navegar en el ámbito digital con discernimiento informado. Al contemplar el impacto de estas desventajas, se hace evidente que un enfoque consciente del uso de las redes sociales es clave para aprovechar sus beneficios y al mismo tiempo mitigar sus posibles inconvenientes.


Tendencias y desarrollos futuros


En el panorama en constante evolución de las redes sociales, el futuro depara un tapiz de posibilidades a medida que las tecnologías emergentes y los cambios anticipados prometen remodelar la esfera digital.

Tecnologías emergentes en las redes sociales


Innovaciones más allá de la imaginación:


El futuro de las redes sociales atrae con tecnologías emergentes que redefinen las experiencias de los usuarios. Desde la realidad aumentada (AR) que mejora la interacción con el contenido hasta la integración de inteligencia artificial (IA) para interacciones personalizadas, el horizonte está lleno de posibilidades innovadoras.


Metaverso revelado:


El concepto de metaverso cobra protagonismo y ofrece una experiencia digital holística e inmersiva. Las plataformas de redes sociales están preparadas para evolucionar hacia mundos virtuales interconectados, trascendiendo los límites tradicionales de interacción y conectividad.


Cambios previstos y su posible impacto


Evolución del contenido:


A medida que el panorama digital se transforma, el contenido mismo sufre una metamorfosis. El contenido interactivo y dinámico tiene prioridad, fomentando un compromiso y una participación más profundos de los usuarios. La evolución del contenido da forma a la forma en que los individuos consumen y contribuyen a la narrativa digital.


Impacto en la privacidad digital:


Las innovaciones conllevan desafíos, particularmente en el ámbito de la privacidad digital. A medida que las redes sociales integran tecnologías avanzadas, las preocupaciones sobre la seguridad y la privacidad de los datos se convierten en puntos focales que exigen soluciones sólidas y políticas transparentes.


Los pros y los contras de las redes sociales se extienden hacia el futuro, donde el apasionante panorama de las tecnologías emergentes y los cambios anticipados prometen redefinir la forma en que las personas se conectan, comparten y participan en el ámbito digital. Mientras navegamos por este territorio inexplorado, es esencial aprovechar el potencial positivo y al mismo tiempo permanecer atentos a los desafíos que puedan surgir. El futuro de las redes sociales es prometedor y transformador, e invita a los usuarios a embarcarse en un viaje de evolución digital.


Conclusión


A medida que navegamos por el intrincado panorama de las redes sociales, los pros y los contras de las redes sociales iluminan las diversas facetas que dan forma a nuestras experiencias digitales. Desde la conectividad global y las oportunidades comerciales hasta los desafíos que plantean las preocupaciones sobre la privacidad y la desinformación, estas dinámicas pintan un panorama matizado. El futuro promete maravillas tecnológicas, pero también exige una navegación atenta para detectar posibles obstáculos.


En esta era digital, aceptar los aspectos positivos y mitigar los negativos exige un uso responsable de las redes sociales. Fomentemos una comunidad digital donde la conectividad sea consciente, la información se discierna y el panorama en evolución se navegue con intención consciente.


Preguntas más frecuentes


¿Cuáles son los principales beneficios de las redes sociales en 2024?


En 2024, las redes sociales servirán como conector global, fomentando la comunicación, el crecimiento empresarial y la construcción de comunidades. Proporciona intercambio de información en tiempo real, recursos educativos y plataformas para el entretenimiento y la creatividad.

¿Cómo afectarán las plataformas de redes sociales a las empresas y las estrategias de marketing en 2024?

Las redes sociales desempeñan un papel fundamental en el crecimiento empresarial al ofrecer oportunidades de exposición de la marca y participación directa del cliente. Las estrategias de marketing en estas plataformas implican campañas dirigidas, colaboraciones con personas influyentes e innovadoras. Las preocupaciones sobre la privacidad incluyen violaciones de datos y el lado oscuro de la publicidad dirigida. El equilibrio entre personalización e intrusión plantea dudas sobre la seguridad de la información personal y los datos de los usuarios. enfoques para llegar a un público más amplio.

¿Cuáles son las preocupaciones de privacidad asociadas con las redes sociales en 2024?

Las preocupaciones sobre la privacidad incluyen violaciones de datos y el lado oscuro de la publicidad dirigida. El equilibrio entre personalización e intrusión plantea dudas sobre la seguridad de la información personal y los datos de los usuarios.

¿Cómo contribuirán las redes sociales a la educación y la concientización en 2024?

En 2024, las redes sociales actuarán como un aula virtual expansiva que proporcionará contenido educativo, tutoriales y debates. También sirve como una poderosa herramienta para crear conciencia sobre las causas sociales y abogar por un cambio positivo.

¿Qué tecnologías emergentes se espera que den forma al futuro de las redes sociales?

El futuro de las redes sociales pasa por innovaciones como la realidad aumentada (AR) y la inteligencia artificial (IA). El concepto de metaverso está ganando importancia y ofrece una experiencia digital inmersiva que trasciende los límites tradicionales de interacción y conectividad.
 

2024/04/12

Presidente Boric de Chile llama a consultas a embajador en Venezuela

 


El presidente chileno, Gabriel Boric, llamó a consultas al embajador de su país en Caracas, dijo en una publicación en X el jueves, citando comentarios del ministro de Relaciones Exteriores de Venezuela sobre la organización criminal Tren de Aragua.


El presidente de Chile, Gabriel Boric,habla durante un evento sobre el anuncio de una asociación 



"Las declaraciones irresponsables del Canciller de Venezuela, ignorando la existencia del Tren de Aragua, son preocupantes y constituyen un grave insulto a quienes han sido víctimas de esta organización", dijo Boric.


El Ministerio de Información de Venezuela no respondió de inmediato a una solicitud de comentarios.


Chile -uno de los países más seguros y estables de América Latina- ha estado experimentando un aumento de los delitos violentos, una de las principales preocupaciones entre los votantes y una espina clavada para la administración Boric.


El Tren de Aragua ha sido un fuerte foco de críticas debido a su presunta participación en el tráfico de personas, el secuestro y el narcotráfico en el país.
Venezuela afirmó en septiembre de 2023 que había desmantelado el Tren de Aragua después de una operación gubernamental para recuperar el control de su sistema penitenciario.


Boric dijo que buscaría información del embajador chileno, Jaime Gazmuri, y "le ordenaría que tomara todas las medidas necesarias".


Boric ha señalado que “la negación no sirve y no es tolerable”. Y que “las recientes afirmaciones irresponsables del canciller de Venezuela, que desconocen la existencia del Tren de Aragua, un grupo criminal conocido por sus actividades ilícitas en Chile y en toda la región de Sudamérica, son profundamente preocupantes y constituyen un grave insulto para quienes han sido víctimas de esta organización y para sus familias, y lo tomamos como un insulto también a los Estados que han sido víctimas del Tren de Aragua”. Y añadió que no solo se demuestra “una falta de compromiso con la cooperación internacional necesaria en materia de seguridad, sino que también demuestra una negativa a abordar de manera efectiva los problemas transnacionales del crimen organizado”.


El anuncio de Boric es un paso más en la controversia que han generado los dichos de Gil en el país sudamericano, pues el martes la ministra del Interior, Carolina Tohá, la principal responsable de la seguridad pública en la Administración de izquierdas, también los había catalogado como un insulto. “Es bien impresionante, Venezuela se dice a sí mismo un país bolivariano y la verdad es que Chile, Perú, Ecuador, Colombia, pueblos latinoamericanos han sufrido fuertemente el flagelo de esta banda criminal”, dijo. “Personas han perdido sus familiares, han perdido la tranquilidad de sus barrios, han perdido sus negocios por eso. Entonces es un insulto, no al Gobierno de Chile, al pueblo de Chile y no solo de Chile, a los pueblos de Latinoamérica, que se les diga algo así. Es inaceptable”, agregó.


Según dijo el lunes el canciller de Maduro, el Tren de Aragua “es una ficción creada por la mediática internacional para tratar de crear una etiqueta inexistente, como lo hicieron en su momento con el cartel de los Soles”, aludiendo al cartel de los Soles, una denominación genérica con la que en Venezuela se hace referencia a la colusión entre el narcotráfico y el poder que el sector militar logró durante el chavismo, y cuya existencia es negada por el régimen.





Luego planteó que personas de otras nacionalidades han dicho ser integrantes de la banda. “Ahora inventan un llamado Tren de Aragua, una organización que existió en Venezuela, localizada, y que luego se ha tratado de poner como marca. Hemos visto, por ejemplo, cómo ridículamente aparecen videos incluso de gente que dice ‘somos del Tren de Aragua’, con acento peruano, con acento chileno”.


Boric, de izquierdas, se ha enfrentado a los gobiernos de Venezuela y Nicaragua en diversas ocasiones por las violaciones a los derechos humanos, incluso desde la ONU. En una reciente entrevista con la prensa dijo que “en la izquierda en general, y en América Latina en particular, ha habido una tendencia a no hacerse cargo de los errores propios. Es un error defender ciertos regímenes porque se entienden como parte de la misma familia. No miro el color político de una persona que viole los derechos humanos o restrinja libertades que son esenciales”.


El Ministerio Público chileno indaga desde hace al menos dos años al Tren de Aragua, una organización que surgió a fines de la década del 2000 en el Centro Penitenciario de Tocorón, en el estado Aragua, y que ha cometido, en distintas regiones de Chile, delitos como tráfico de migrantes, explotación sexual de mujeres migrantes, homicidios, extorsiones, torturas y, entre otros, tráfico de drogas. Desde 2022 se encuentra detenido Carlos González Vaca, alias Estrella, considerado por la Fiscalía como el líder de la organización en el país. También fue apresado en Hernán David Landaeta Garlotti, Satanás, sindicado por la policía como sicario.


Los integrantes del Tren de Aragua están en su mayoría privados de libertad en el Recinto Penitenciario Especial de Alta Seguridad (REPAS), ubicado en el municipio de Santiago, una cárcel especial que concentra imputados por delitos de crimen organizado. La Fiscalía de Arica, una región ubicada en el extremo norte chileno, ha establecido que Los Gallegos son una facción de la organización criminal que opera en esa zona y ha llevado a juicio a 38 de sus integrantes con extremas medidas de seguridad. Entre los delitos que se le imputan se encuentra el homicidio de dos hombres: fueron enterrados vivos y tapados bajo cemento en el Cerro Chuño.


El crimen en Santiago del exmilitar venezolano Ronald Ojeda, quien fue secuestrado desde su departamento en el piso 14 en un edificio en el municipio de Independencia, también ha sido vinculado al Tren de Aragua por la Fiscalía. El cuerpo de Ojeda fue hallado el 2 de marzo en la comuna de Maipú: enterrado bajo cemento y dentro de una maleta.


Oficial de Carabineros Manuel Martínez López es condenado por trauma ocular de manifestante en Temuco


El oficial de Carabineros Manuel Martínez López fue condenado por apremios ilegítimos con resultado de lesiones graves, luego que la justicia acreditara su responsabilidad en el daño ocular de un manifestante en Temuco.



Luis Ignacio Jiménez Caamaño




El pasado jueves 11 de enero de 2024 el Tribunal Oral en lo Penal de Temuco, ha decidido por unanimidad condenar al entonces mayor de carabineros Manuel Martínez López, ex comisario de la primera comisaría de Fuerzas Especiales de Temuco durante el 2019, por su responsabilidad en el delito de apremios ilegítimos con resultado de lesiones graves gravísimas, por hechos cometidos en contra del joven Luis Jiménez Caamaño, con fecha 19 de octubre del 2019.



De esta manera, el tribunal de alzada dio por finalizada la tramitación judicial que se prolongó por prácticamente cinco años. Esta comenzó cuando la sede de La Araucanía del INDH interpuso la primera querella por los hechos, el 24 de octubre de 2019. 


La víctima se encontraba participando en manifestaciones cuando lo impactaron en el ojo derecho, que perdió. En la sentencia se ratifica que se debió a un procedimiento policial desproporcionado e ilegal.


En su decisión, la Corte de Apelaciones de Temuco desechó la petición de la defensa de Manuel Martínez López  de aplicar la ley 21.560 (Nain – Retamal). Argumentan los integrantes de la segunda sala que se acreditó en el juicio que el acusado “efectuó el disparo sin que concurriera ninguna circunstancia que lo justificara en ese momento”. Esto lo hizo “incumpliendo los reglamentos y la normativa vigentes a la poca de ocurrencia de los hechos en forma dolosa”.


Evaluación del INDH


Cabe mencionar que Manuel Martínez López   recibió además la condena la inhabilitación absoluta perpetua de sus derechos políticos y la inhabilitación para cargos y oficios públicos por el tiempo de la condena.








El jefe del INDH de La Araucanía, Federico Aguirre, indicó que “esclarecer las violaciones a los DD.HH., rendir cuentas y determinar responsabilidades representan imperativos insoslayables en un Estado de Derecho. Se trata de obligaciones que se deben satisfacer con celo y diligencia, de modo que estos graves hechos no queden en la impunidad. El fin es reparar el daño causado y, lo más importante, contribuir a garantizar su no repetición”, indicó.


Además, el jefe del INDH dijo que “si la sanción penal tiene algún sentido en casos de violaciones a los derechos, es porque se inclina a enviar un mensaje claro y potente de prevención a la ocurrencia futura de hechos semejantes”.


Garantía de justicia


Aguirre indicó que “garantizar el acceso a la justicia a víctimas de violaciones a los derechos humanos no se puede entender como estorbo a la irrenunciable función de las policías y otros agentes del Estado en el resguardo del orden público. Si a ellas se confía el monopolio de la fuerza legítima, la exigencia mínima que se impone en un Estado de Derecho es que se ejerza con apego al derecho y a la dignidad de las personas”.

2024/04/09

Publicidad en Chile – estadísticas y hechos

 

Chile finalmente se ha unido al grupo de economías donde Internet por sí sola atrae más de la mitad de las inversiones publicitarias.




En 2023, la participación de los canales digitales en el gasto publicitario de Chile superó por primera vez el 50%. En 2019, los anuncios online representaron menos de un tercio del gasto.


Es posible que la transición se haya retrasado un poco, ya que Chile se encuentra entre las economías más sofisticadas de América del Sur y fue la primera de la región en unirse a la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico (OCDE), por ejemplo.


Además, aún no ha alcanzado el promedio regional. La participación de lo digital en el gasto publicitario en América Latina alcanzará alrededor del 56% en 2024. 


Aún así, la contribución de los canales en línea impulsó los resultados pospandemia del mercado chileno: entre 2019 y 2023, el gasto publicitario total de Chile aumentó casi un 40%, totalizando aproximadamente un billón. Pesos chilenos el año pasado. El valor equivale a alrededor de dos tercios del de la vecina Argentina.


En 2023, Internet como medio publicitario alcanzó un hito en Chile, representando más de la mitad (o el 51,1 por ciento) del gasto publicitario total del país sudamericano. 


Aproximadamente una década antes, en 2014, la proporción de canales digitales se situaba por debajo del 13 por ciento. Los principales medios publicitarios de Chile también incluyeron televisión gratuita y publicidad exterior.


En 2023, el gasto en publicidad en Chile ascendió a casi 976 mil millones de pesos chilenos, un 3,5 por ciento más que los 942 mil millones de pesos del año anterior. Mientras tanto, la inversión publicitaria total de América Latina alcanzó un estimado de 23.800 millones de dólares en 2023.






2024/04/08

Chile en deuda con víctimas de daño ocular por represión



El Estado chileno sigue en deuda con las víctimas de daño ocular causado por la represión policial durante el estallido social de 2019, reveló un estudio de académicos de la Universidad de Chile .





El documento contiene dos conclusiones principales y la primera señala la necesidad de elaborar un programa de rehabilitación específico para los distintos niveles de discapacidad ocasionados por las heridas y su efecto en la vida diaria de quienes las sufrieron.


Por otra parte, es indispensable que en el menor tiempo posible se revisen los protocolos de control de multitudes utilizados por las fuerzas policiales en el país.



En declaraciones a Radio y Diario Universidad de Chile, el especialista Miguel Ángel Campos dijo este domingo que no se trata de personas que perdieron un ojo por un accidente común y corriente o una enfermedad.



Estamos hablando, precisó, de seres humanos que sufrieron este daño por una herramienta que fue utilizada por el Estado de manera indiscriminada para reprimir las protestas, ocurridas durante el levantamiento popular iniciado el 18 de octubre de 2019.



Lo novedoso del estudio es que no se limita a cuantificar el efecto físico en los órganos visuales, porque eso ya está registrado en otros documentos, sino en cómo las víctimas perdieron calidad de vida, como consecuencia de sus lesiones.



El director del Departamento de Tecnología Médica de la facultad de medicina de la Universidad de Chile, Patricio Bustamante, dijo que de 85 casos tomados como muestra, más de la mitad tuvieron problemas para volver a estudiar o mermaron su capacidad laboral.


Pero más allá de estos ámbitos, también padecen de dificultades para desarrollar actividades tan simples, pero necesarias para la vida, como realizar pasatiempos.



Además, varios de ellos ya estaban en el programa de rehabilitación clínica y psicosocial porque sufrieron torturas, prisión y otras vejaciones durante la dictadura del ladrón y asesino Augusto Pinochet (1973-1990) y cuando el estallido volvieron a ser agredidos por el Estado.



“Es difícil hablar de reparación cuando se ha mutilado un rostro, cuando se ha perdido un ojo, no hay una manera de devolverlo, pero al menos deben haber avances para las personas en el ámbito de la justicia y la recuperación”, concluyó Bustamante.



2024/04/03

Los pagos Pix de Brasil están acabando con el efectivo. ¿Serán las siguientes las tarjetas de crédito?

 


En sólo tres años, el enormemente popular sistema de pago Pix de Brasil se ha convertido en la forma de pago favorita del país, reemplazando al efectivo y las transferencias bancarias en muchos casos y ahora amenazando el dominio de las tarjetas de crédito en el floreciente sector del comercio electrónico.






Los pagos instantáneos diseñados por el banco central de Brasil son una bendición para los minoristas en línea, ya que ayudan con el flujo de caja en un sector con márgenes ajustados, al tiempo que socavan el negocio heredado de los bancos y las fintechs construido sobre la infraestructura de tarjetas de crédito existente.




"Creo que las tarjetas de crédito dejarán de existir en algún momento pronto", dijo el jefe del banco central, Roberto Campos, hace casi dos años, discutiendo el potencial de las finanzas abiertas y la plataforma Pix. "Este sistema elimina la necesidad de tener una tarjeta de crédito".


Desde entonces, las tendencias del mercado han añadido peso a su pronóstico.
El uso de Pix aumentó un 74% el año pasado a casi 42 mil millones de pagos en toda la economía brasileña, superando los cargos de tarjetas de crédito y débito combinados en aproximadamente un 23%, según datos del banco central y el grupo industrial Abecs.


Para los compradores, el cambio a Pix ha sido casi perfecto, ya que simplemente escanean un código QR con cualquier aplicación bancaria en lugar de buscar su billetera. Pero para los vendedores, ha cambiado la situación en la industria de pagos con tarjeta tradicionalmente lucrativa.


En el comercio minorista en línea, los pedidos pagados con Pix aumentaron 22 puntos porcentuales en dos años hasta aproximadamente un tercio de todas las compras en diciembre, según la firma de investigación de comercio electrónico Neotrust. Los pedidos con tarjetas de crédito cayeron 5 puntos porcentuales hasta el 51% en el período.


Es probable que esa tendencia se recupere a medida que el banco central se burle de las nuevas innovaciones de Pix a partir de este año, como pagos recurrentes y compras a plazos, que según un funcionario probablemente impulsarán el papel del sistema en el comercio minorista.


Aunque los consumidores brasileños rara vez se dan cuenta, pagar con tarjeta de débito o crédito requiere que los vendedores paguen tarifas de descuento divididas entre redes de tarjetas como Visa (V.N), abre en una nueva pestaña, Mastercard (MA.N), abre una nueva pestaña y American Express (AXP. N), abre una nueva pestaña; procesadores de pagos como Cielo (CIEL3.SA), abre una pestaña nueva, Rede, Stone (STNE.O), abre una pestaña nueva, Getnet y PagBank (PAGS.N), abre una pestaña nueva, así como emisores de tarjetas, que generalmente son bancos.


Al eliminar intermediarios, Pix está ejerciendo presión sobre las redes de tarjetas, que no reciben ninguna parte de dichas transacciones, y sobre los procesadores de pagos, que se embolsan una porción mucho menor de la que obtienen por las compras con tarjeta de crédito o débito.
Pix cuesta un promedio del 0,22% de cada transacción para los minoristas, mientras que las tarifas de las tarjetas de débito superan el 1% y las de las tarjetas de crédito pueden alcanzar el 2,2% de cada venta en Brasil, según un documento del Banco de Pagos Internacionales (BPI).


El crecimiento de Pix "puede limitar el uso de tarjetas de crédito y los volúmenes de prepago", dijo Goldman Sachs a sus clientes en una nota. Los analistas señalaron que las tarifas adicionales por el pago anticipado de las ventas con tarjeta de crédito aportan ingresos significativos a los procesadores de pagos Stone (49%), PagBank (34%) y Cielo (9%).


Esas empresas se negaron a hacer comentarios.


Los principales actores de la industria de tarjetas de crédito de Brasil están cambiando su enfoque a medida que se acumulan nubes de tormenta.


Los accionistas mayoritarios de Cielo, Banco do Brasil (BBAS3.SA), abre nueva pestaña y Bradesco (BBDC4.SA), abre nueva pestaña, anunciaron en febrero sus planes de privatizarla, un camino que ya tomó en 2022 su rival Getnet, propiedad del banco español. Santander (SAN.MC), abre pestaña nueva.
Dos fuentes familiarizadas con la operación dijeron a Reuters, bajo condición de anonimato, que la privatización da margen para ofrecer un paquete de productos integrados, volviéndose menos dependiente del negocio tradicional de conectar a los minoristas con las tarjetas de crédito.



"BB y Bradesco optaron por realizar la oferta pública de Cielo como una forma de hacer que la gobernanza de la empresa esté más alineada con la nueva configuración del sector", dijo el Banco do Brasil en respuesta a preguntas, agregando que la industria se ha vuelto más competitiva en medio de las recientes " transformaciones."


Bradesco declinó hacer comentarios.


"Pix ha sido y seguirá siendo la tecnología más disruptiva en el segmento financiero del país durante los próximos años", afirmó Eduardo Lopes, director de políticas públicas de Nubank, el banco digital más grande de América Latina.





Nubank se lanzó en Brasil hace una década, ofreciendo un producto: una icónica tarjeta de crédito violeta sin cargos, pero ahora se ha diversificado en una variedad de otros segmentos, incluida la adopción de Pix vista en varios bancos y fintechs líderes.


El prestamista finalizó el cuarto trimestre con 13,6 millones de clientes que utilizaban Pix a crédito, que permite a los clientes pedir prestado para transferencias Pix hasta el límite de su tarjeta de crédito Nubank. 






Los clientes que lo utilizaron crecieron un 166% respecto al año anterior.
Berkshire Hathaway (BRKa.N), abre pestaña nueva, la empresa de inversiones del multimillonario estadounidense Warren Buffett, que posee una participación del 2% en Nubank, anunció en febrero que había desinvertido totalmente su posición en Stone.


NUEVAS FUNCIONES PENDIENTES


El banco central de Brasil lanzó el protocolo Pix en noviembre de 2020, obligando a los bancos a integrar sus cuentas con transferencias digitales instantáneas que son gratuitas para las personas. Los usuarios adoptaron la alternativa al efectivo y a las lentas y costosas transferencias bancarias.


Ha surgido a nivel mundial una variedad de aplicaciones de pago, desde PayPal hasta Venmo, pero ninguna tiene el peso de que un banco central posea, opere y regule el sistema para garantizar la velocidad, la eficiencia y la integración universal con los bancos desde el primer día.


Eso permitió al banco central desarrollar el protocolo por menos de 14 millones de reales e imponer los costos de adopción a los bancos, al tiempo que les garantizaba los beneficios de un sistema financiero más ágil e inclusivo.
El éxito de Pix en Brasil, que movió más de 17 billones de reales (3,4 billones de dólares) en 2023, se ha expandido rápidamente a los pagos entre personas y empresas (P2B).


El banco central estima que los pagos P2B han aumentado del 5% de las transacciones de Pix en el lanzamiento al 38% en marzo, una cifra conservadora dada la cantidad de empresas pequeñas e informales que aceptan pagos a la cuenta personal de un propietario.


Aunque Pix no ofrece las protecciones estándar contra fraude en compras con tarjeta de crédito, su amplio alcance y menores costos de transacción para los vendedores han ayudado a convertirlo en el sistema de pago preferido de muchos minoristas.


"Pix definitivamente cambia las reglas del juego", dijo Carlos Mauad, director ejecutivo de Fintech Magalu, el brazo financiero del grupo minorista Magalu (MGLU3.SA), que procesa sus propias transferencias Pix para reducir costos y ofrecer descuentos a los clientes. eligiendo el método de pago.


Ahora el banco central se está preparando para implementar nuevas funciones que aumenten el atractivo de Pix para el uso P2B, según Mayara Yano, asesora principal del departamento de operaciones y gestión de Pix del banco central.
El primero, Pix Automático, permite el pago automático de facturas recurrentes y su lanzamiento está previsto para octubre.



Podría reemplazar a las omnipresentes facturas bancarias utilizadas para matrículas, servicios públicos y facturas telefónicas, y también podría reemplazar a las tarjetas de crédito utilizadas para suscripciones a medios y servicios en línea.


Un impacto aún mayor podría provenir de una nueva característica, llamada Pix Garantido, que permite pagos en cuotas mensuales, una ventaja importante de las tarjetas de crédito para los consumidores brasileños.


Es probable que esos cambios aceleren el ascenso de Pix, que ahora dicta el panorama de pagos en Brasil, dijo Carlos Netto, director ejecutivo de Matera, una empresa de tecnología que ayuda a las empresas a integrarse con la nueva plataforma de pagos.


"Está estableciendo los estándares para una revolución financiera digital, lo que representa la amenaza más concreta para las tarjetas de crédito", afirmó.


($1 = 5,0675 reales)
Eche un vistazo al día que se avecina en los mercados estadounidenses y globales con el boletín informativo Morning Bid U.S.