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2013/06/06

O Chile de Pinochet a Bachelet

O Chile foi para nós, na América Latina, o que a França foi para a Europa, país que Engels chamou de “laboratório de experiências políticas”. O Chile foi, guardadas as devidas distâncias, um país de experiências avanças na América Latina.




País mineiro, teve classe operária mais cedo que outros, no lugar do campesinato, produtos de economias agrícolas. O Chile teve, assim, movimento operário – mesmo que sob formas elementares, sob hegemonia anarquista – ainda no final do século XIX.

Como produto da capacidade de organização e de luta dos mineiros chilenos, o país protagonizou um primeiro grande massacre, em 1907, em Santa Maria de Iquique – imortalizada na Canta de Santa Maria de Iquique, gravação dos Inti-Ilimani.

O Chile teve um comunista – Luis Emilio Recabarren, grande dirigente e teórico marxista – como candidato do Partido Comunista do Chile à presidência da república em 1920. Teve o único governo de Frente Popular fora da Europa – onde houve governos desse tipo na França e na Espanha.

Mais tarde o Chile foi o país escolhido pelos EUA para o modelo alternativo à Revolução Cubana, o que a Aliança para o Progresso chamava de “revolução em liberdade”. E, claro, a única experiência de governo de transição política ao socialismo no ocidente, o governo de Allende.


Mesmo a ditadura do Pinochet tornou-se o emblema maior das ditaduras do Cone Sul, agora como modelo de direita, mas de todas as maneiras também uma referência paradigmática.

A transição à democracia foi extremamente conservadora. O modelo econômico neoliberal de Pinochet foi mantido, com pequenas adequações. A constituição imposta por Pinochet em um referendo realizado com estado de sítio foi modificada, mas não revogada.

Como caso único no Cone Sul, as forças advindas da ditadura (pinochetistas) sobreviveram como dois partidos políticos, que passaram a atuar de forma aliada, sempre com grande votação, até que triunfaram com Sebastiao Piñera.

O Chile foi o “caso exemplar” que restou ao FMI, ao Banco Mundial e à OMC, depois que naufragaram as economias dos outros países escolhidos como modelos – México e Argentina. Foi o segundo país do continente a ter Tratado de Livre Comércio com os EUA, depois do México. Tem uma economia muito aberta, 50% do seu PIB provem da exportação de produtos primários – cobre e derivados, frutas naturais, frutas enlatadas etc, dirigidas para o mercado europeu, norte-americano e asiático.

O Chile, que tem uma história repleta de grandes movimentos populares, tornou-se um país medíocre, conservador, referência dos EUA na região, não participante da integração sul-americana. Quatro mandatos presidenciais da coalização opositora – socialistas e democratas-cristãos – diminuíram um pouco a desigualdade promovida ativamente por Pinochet, mas o país deixou de ser referência de igualdade social e de direitos, para se transformar em um dos países mais mercantilizados do continente.


De um país referência em termos de conquistas sociais, o Chile passou a ter toda sua previdência privatizada, o que significou que uma parcela pequena da população possui previdência social. O ensino passou a ser todo privatizado, com as famílias se endividando para pagar os estudos dos seus filhos – um dos fatores das imensas mobilizações estudantis dos últimos anos.

O sistema eleitoral se assenta em um processo que favorece as duas maiores legendas em cada circunscrição, promovendo o bipartidismo. O Partido Comunista chegou a ter 12% dos votos, sem conseguir, naquela eleição, eleger a nenhum deputado.

O provável retorno de Michelle Bachelet à presidência nas eleições deste ano é uma nova possibilidade para que a aliança entre socialistas e democratas-cristãos possa avançar na superação do modelo neoliberal, ainda vigente. Bachelet se comprometeu, até agora, com a convocação de uma Assembleia Constituinte para que o Chile possa ter, finalmente, uma constituição pós-ditadura, pós-Pinochet. Comprometeu-se também com o caráter público da educação – reivindicação central das mobilizações estudantis.

Resta saber, no plano da política econômica, que passos dará para superar o modelo neoliberal. E, no plano internacional, apesar de ter um Tratado de Livre Comércio com os EUA, quanto o Chile se aproximará dos países da região, especialmente do novo Mercosul, ou se permanecerá relegado ao projeto norte-americano para a região, a Aliança para o Pacífico.

Chile adopta medidas de control para evitar brote de dengue en Isla de Pascua

El Gobierno de Chile adoptará una serie de medidas urgentes con el fin de disminuir el riesgo de que se produzca un brote de dengue en Isla de Pascua, situada a 3.800 kilómetros de la costa chilena, en el Pacífico.



La información la entregó esta tarde, el ministro de Salud, Jaime Mañalich, quien confirmó que en Pascua ha aumentado la población de los mosquitos Aedes aegypti, la mayoría portador de esta enfermedad.

"No tenemos hasta el momento aumento de los casos humanos, de personas enfermas de dengue", anticipó el titular de Salud aunque advirtió que "sí tenemos una situación de brote de dengue en nuestras fronteras. Brasil, Bolivia y Perú están experimentando un aumento en los casos de dengue muy importante", enfatizó.

El ministro dijo a los periodistas que ya se instruyó al secretario regional ministerial de Salud, de la región de Valparaíso, de quien depende Isla de Pascua, para que actúe con acciones concretas en conjunto con las autoridades de Isla de Pascua para disminuir el riesgo de infección en esa isla.

Las medidas consideradas corresponden principalmente al manejo de la basura en el territorio insular -que ha aumentado fuerte en esa zona debido a los miles de turistas que llegan allí cada año-, que es el espacio donde se reproducen estos mosquitos.

Según el alcalde pascuense, Pedro Edmunds, se necesitan al menos 250 millones de pesos (un poco más de 500.000 dólares) para que en los próximos tres años se puedan reciclar el cien por cien de los desechos que se generan en la isla.

Recordó el edil que en Isla de Pascua se acumulan unas 100 toneladas de basura al año y que desde el año 2000 se han puesto en marcha políticas de reciclaje, principalmente para vidrio, neumáticos y botellas de plásticos, aunque no han tenido el éxito deseado ya que en la isla es fácil encontrar grandes focos de basura.

También el incremento de las lluvias presenta un riesgo de dengue en el territorio pascuense por lo que es pertinente tomar medidas preventivas, según anticipó hoy la Organización Panamericana de la Salud.

De acuerdo a un informe del Ministerio de Salud, a mayo de 2013 se han detectado 24 casos importados de dengue registrados en Chile, 19 de ellos en la región metropolitana de Santiago.

Los síntomas del virus del dengue son la fiebre alta, dolor de cabeza y en la parte posterior de los ojos, pequeñas manchas en el tórax y dolor en articulaciones de antebrazo.